Monotipia é uma técnica através da qual se obtém uma estampa, executando-se uma imagem com tinta sobre uma superfície plana, lisa e transferindo-a ainda úmida, através de pressão com a mão, rolo de borracha ou prensa, para papel ou tecido.
Esta estampa impressa é uma cópia única, sendo impossível ser obtida outra exatamente igual. Podemos então fazer aproximações com o desenho a partir da possibilidade do traçado de linhas e texturas, com a gravura na existência de uma matriz (suporte) e no processo de impressão e inversão da imagem e aproximações com a pintura nas manchas de tinta e no gesto do pintar. Soma-se a essa discussão a variação na língua inglesa onde existem dois termos: monotype e monoprint, palavras intercambiáveis, porém contendo diferenças específicas no mundo acadêmico (Ayres, 2001; Phillips, 1988).
A monoprint possui uma matriz que pode ser reutilizada no todo ou em partes, pois nela existe um padrão passível de ser reproduzido. Esse padrão pode ser uma folha, um tecido, uma textura. Também considera-se nesse caso uma imagem gravada na matriz por técnica tradicional de gravura como calcografia, xilografia, litografia, etc. Na monotype não existem marcas ou padrões permanentes na matriz.