Convenção de Viena


As características que regem o conceito de gravura original são o resultado de diversos certames internacionais envolvendo a sociedade de gravuras originais fundada na França em 1911, a Associação Nacional de Gravadores de Zurich de 1953, O Congresso Internacional de Artistas em Viena de 1960, e o Comitê Nacional de Gravura na França em 1964, dentre outros.

Portanto, esse conceito foi convencionado conforme acordo do 3° Congresso Internacional de Artistas de Viena em setembro de 1960, estabelecido  pela Association Internationale des Arts Plastiques, filiada a Unesco em 1963, após conferências entre gravadores, editores, marchants e colecionadores.

O “The Print Council of America”, fundado em 1956, o qual edita e organiza exposições, publicou o título: What is an Original Print?, em 1961para nortear artistas, compradores e colecionadores. 

Abaixo a definição de uma gravura original conforme acordo do 3° Congresso Internacional de Artistas de Viena em setembro de 1960. 

I – É direito do artista gravador fixar o número definitivo de cada um dos seus trabalhos gráficos nas diferentes técnicas:: xilogravura, litografia, etc.

        Nota: Gravuras originais podem ser classificadas como: todas as gravuras impressas em uma ou mais matrizes, pedras, seda, madeira, linóleo, etc. Predominantemente as executadas pelo próprio artista, a partir de um desenho seu ou interpretação  de um trabalho de outro artista, ou ainda, como resultado de uma  colaboração.II – Cada estampa para ser considerada original, deve levar, não somente a assinatura do artista, como também a indicação da edição total e a numeração consecutiva da estampa.Para maiores informações leia o texto em anexo.

        Nota: Gravuras originais podem ser reproduzidas em edições limitadas, ou seja, são as que o artista resolveu imprimir apenas um certo numero de estampas.

As edições serão anotadas à lápis, no lado direito da imagem, na parte inferior da estampa; sempre se preservando uma margem de papel (para que o mesmo possa ser restaurado ou recuperado caso necessário), observando-se também que a margem inferior da estampa deva ser maior para a edição, assinaturas e títulos ou anotações que o artista julgue necessário.

A edição será feita como fração sendo o número superior da fração (numerador) o número da cópia e o numero inferior (denominador) o número total de cópias da edição. Exemplos: 1/3, 2/3 e 3/3.

As gravuras impressas durante o andamento da gravação serão editadas como P.E., ou seja, Provas de Estado, acompanhadas de algarismos romanos conforme sua seqüência.

O artista terá direito a 10% de cópias da tiragem total, editadas como P.A., Prova do Artista, e não estando incluídas na edição completa e também editadas com algarismos romanos. Alguns autores consideram as prova de artistas como fora de comércio (Hors Commerce).